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EQUIPAMENTOS PARA ÁREAS CLASSIFICADAS



Em locais classificados como atmosferas explosivas, os equipamentos elétricos são os grandes responsáveis pela ignição nestes ambientes, causando desastres.


A família de normas ABNT NBR IEC 60.079* especifica os requisitos gerais para a construção, ensaio e marcação de equipamentos elétricos e componentes destinados a utilização em áreas classificadas – denominadas pela indicação Ex.


Antes de tratarmos dos tipos de equipamentos e níveis de zonas de classificação é importante lembrarmos o que é necessário para existir o risco de explosão em um ambiente. É necessária a combinação de quatro fatores:

  1. presença de gás, névoa ou vapores inflamáveis – ou presença de pó

  2. concentração no ambiente

  3. centelha – ignição que pode ser causada por eletricidade ou outro meio

  4. oxigênio

A falta de um destes fatores pode ser determinante para a exclusão da classificação da área como área explosiva. Um exemplo simples é de ambientes onde existem a presença de óleos que apesar de serem combustíveis, em temperatura ambiente não atingem o ponto de fulgor.


A ABNT NBR IEC 60.079 estabelece raios físicos em torno dos ambientes considerados como de risco de explosões, além de classificar a intensidade do risco.


A intensidade do risco na classificação de áreas é dada por zonas de risco, sendo:

  1. zona 0 – Espaço tridimensional onde a ocorrência de uma mistura de gás, névoa ou vapor com o ar ou O2 é frequente e ocorre por longos períodos de tempo.

  2. zona 1 – Espaço tridimensional onde a ocorrência de uma mistura de gás, névoa ou vapor com o ar ou O2 pode ocorrer ocasionalmente em condições normais de operação.

  3. zona 2 – Espaço tridimensional onde a ocorrência de uma mistura de gás, névoa ou vapor com o ar ou O2 não é prevista de ocorrer em condições normais de operação, e se ocorrer será por curtos períodos de tempo.

  4. zona 20 – Espaço tridimensional onde a ocorrência de uma mistura de poeiras, fibras ou partículas combustíveis em suspensão com o ar ou O2 é frequente por longos períodos de tempo.

  5. zona 21 – Espaço tridimensional onde a ocorrência de uma mistura de poeiras, fibras ou partículas combustíveis em suspensão com o ar ou O2 pode ocorrer ocasionalmente em condições normais de operação.

  6. zona 22 - Espaço tridimensional onde a ocorrência de uma mistura de poeiras, fibras ou partículas combustíveis em suspensão com o ar ou O2 não é prevista de ocorrer em condições normais de operação e se ocorrer é por curtos períodos de tempo.

Da mesma forma existem classificações de equipamentos, onde cada um possui uma característica que visa a eliminação ou redução da possibilidade de ignição, tal escolha de qual equipamento utilizar fica a cargo do profissional habilitado. A classificação dos equipamentos é dada pelo acréscimo da letra:


‘d’ – à prova de explosão, mais robusto, confinando a explosão no seu interior

‘p’ – pressurização interna para manter a atmosfera explosiva longe das fontes de ignição

‘e’ – segurança aumentada, sem produzir arco, faísca ou aquecimento suficiente para causar uma ignição

‘n’ – não acendível, não gera ignição em condições normais e anormais de funcionamento, normalmente utilizados em zonas classificadas 2

‘i’ – segurança intrínseca, sendo “ia” na zona 0 e “ib” na zona 1 ou 2

‘m’ – imersão em resina das partes possíveis de ignição

‘o’ – imersão em óleo das partes possíveis de ignição

‘q’ – imersão em areia das partes possíveis de ignição

‘s’ – equipamentos que não seguem os métodos de proteção existentes, sigla prevista para que os fabricantes desenvolvam novos tipos de proteção


A correta classificação quanto a utilização de equipamentos deverá ser realizada por um Engenheiro Eletricista, mediante projeto e ART.


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