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A IMPORTÂNCIA DA TERMOGRAFIA EM LAUDOS ELÉTRICOS


A termografia é a técnica de inspeção não destrutiva que estende a visão humana ao espectro infravermelho, sendo aquisição e análise das informações feitas a partir de dispositivos e obtenção de imagens sem contato. As imagens obtidas são chamadas de termogramas.


A fonte primária de radiação infravermelha é o calor ou radiação térmica, esta produzida pelo movimento dos átomos e moléculas que formam o objeto. Quanto mais alta a temperatura registrada em um corpo, maior é o movimento dos átomos e moléculas que o formam e, consequentemente, mais radiação infravermelha eles produzem. Não somente aquilo que é sensivelmente quente, mas qualquer objeto com temperatura acima do zero absoluto (que corresponde a 273,15 graus Celsius negativo) emitirá a maior parte de sua energia no espectro inframermelho, portanto quanto mais quente o objeto, mais radiação infravermelha este emite.


As inspeções térmicas retratam sobrecargas no sistema elétrico e suas conexões, que para retratarem o ponto crítico devem ser realizadas nos períodos de maior demanda, quando os pontos deficientes da rede tornam-se mais evidentes. Os componentes mais frequentemente inspecionados são conectores, chaves seccionadoras, barramentos, cabos, disjuntores, banco de capacitores, fusíveis e painéis de uso elétrico em geral.


Uma da variáveis mais importantes na análise termográfica é a implantação dos conceitos de MTA (Máxima Temperatura Admissível), ou seja, a máxima temperatura sob a qual se premite que o componente opere. Esses valores podem ser obtidos a partir de especificações técnicas dos componentes junto aos fabricantes. Não sendo possível obter estas informações, recomenda-se a fixação de 90 ⁰C como valor de referência para conexões e componentes metálicos e de 70 ⁰C para cabos isolados (Brito 2002).


Na tabela a seguir, alguns valores de MTA baseados em normas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), NBR 5410, tabelas de fabricantes e experiência da Keller Engenharia.


CABOS ELÉTRICOS


A vida de um cabo é prevista para 20 anos considerando sua utilização em temperaturas não superiores a máxima para serviço contínuo.

Para cada 5 graus acima do MTA, cai pela metade a vida útil prevista do cabo.


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